O presidente do conselho e fundador da Microsoft, Bill Gates, anunciou nesta quinta-feira (19/04), em Pequim, uma iniciativa para reduzir o abismo tecnológico entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
A iniciativa é uma expansão da estratégia “Potencial Ilimitado”, da Microsoft, e envolve a oferta a governos de um pacote de software de 3 dólares, chamado Student Innovation Suíte, que inclui Windows XP Starter Edition, Microsoft Office Home and Student 2007, Microsoft Math 3.0, Learning Essentials 2.0 for Microsoft Office e Windows Live Mail.
A suíte estará disponível até o final do ano para governos que se qualifiquem e que estejam trabalhando para levar PCs aos estudantes, promovendo habilidades tecnológicas. Em 2008, a Microsoft vai estender a ação a todos os países com economias de baixa ou média renda, segundo os critérios do Banco Mundial.
“Em cada país, [a iniciativa] é adequada aos interesses do governo e dos cidadãos, mas o objetivo é inovação, integração e criar empregos nestas regiões”, disse Gates, fechando o evento Microsoft Government Leaders Fórum Ásia, em Pequim.
Gates enfatizou o papel da tecnologia na educação e disse que o software é um primeiro passo para oferecer a crianças em todo mundo maior acesso à computação. Ele se referiu ao seu “produto favorito, o Windows para tablet”, dizendo que ele pode um dia substituir o papel nas escolas.“Como tempo, os estudantes não precisarão de livro de texto. O custo [do tablet] será menor do que o de comprar um livro e a experiência será dramaticamente superior”, disse Gates.Para o analista Clive Longbottom, da consultoria britânica Quocirca, a ação não é movida apenas por altruísmo.
Ele acredita que a Microsoft precisa encontrar formas mais criativas de distribuir seus softwares em mercados emergentes, onde o código aberto tem uma presença mais forte, por isso as parcerias com governos para chegar aos estudantes.
A abordagem da Microsoft se diferencia de outras ações de tecnologia para educação, como o projeto da One Laptop Per Child Project (OLPC), que pretende levar laptops ao preço de 100 dólares para uso nas escolas de países em desenvolvimento.
O Brasil já participa de testes com os notebooks educacionais, assim como outros países, entre eles Líbia e Ruanda.
Steven Schwankert - IDG News Service, China
Steven Schwankert - IDG News Service, China
Fonte: IDGNow