sexta-feira, outubro 27, 2006

"Segunda guerra" dos navegadores põe Explorer contra Firefox

da Folha Online

Após um longo período de "hibernação", a Microsoft lançou seu mais recente navegador, o IE7 (Internet Explorer 7). A versão 6 datava de outubro de 2001. O lançamento ocorre após a primeira batalha de navegadores contra a empresa de Redmond (EUA), a Nestcape.

Nos anos 90, a internet se abriu ao público graças a um lançamento do navegador Netscape Communication, software no qual o usuário se orientava facilmente na rede, usando apenas uma série de ícones.

Segundo o jornal francês "Le Monde", a performance técnica se uniu a um golpe de mestre em marketing, já que a Netscape difundiu seu software gratuitamente. Em 1995, o produto havia conquistado 70% dos usuários conectados na rede mundial.

Nesse período, a Microsoft preparava uma resposta que seria fatal. Não apenas a companhia de Bill Gates difundiu, da mesma forma, gratuitamente seu navegador Microsoft Explorer, como ela decidiu integrar a ferramenta ao seu sistema Windows 95.

Segundo o jornal francês, o rival foi imediatamente expulso dos computadores da maioria dos usuários. A Netscape, que foi uma das pioneiras da internet com seu navegador, se encontra marginalizada e acabou sendo comprada pela AOL. Segundo o último censo da Onestat.com (outubro de 2006), a ferramenta Netscape é agora utilizado por 0,12% dos internautas no mundo.

Firefox: livre, gratuito e aberto

A Microsoft parece ter se livrado definitivamente do Netscape. Mas não dos engenheiros que criaram o navegador. Em 2003 nasce a Fundação Mozilla, uma estrutura inicialmente sem fins lucrativos pelas mãos de antigos programadores do Netscape que deram continuidade de seu trabalho desenvolvido. Em outubro de 2004, Mozilla lança um navegador batizado de Firefox, um programa livre, gratuito e aberto, elaborado por colaborações.

O Firefox é considerado um sucesso. Ele integrou as evoluções de internautas com o seu sistema de abas que facilita a navegação e o sistema de busca integrado à barra do navegador. Os internautas, infiéis por natureza, adotaram rapidamente a ferramenta. A reportagem cita os números do estudo Xiti Monitor (de junho de 2006): a taxa de utilização do Firefox ultrapassa os 21% dentro dos países europeus estudados. Na Finlândia e na Eslovênia, a taxa ultrapassa os 35%; na Alemanha, é por volta dos 30%. A França está na média européia, com quase 20% de usuários. É na Holanda, no Reino Unido, e na Dinamarca que o uso do software é mais baixo, com cerca de 12%.

No mercado mundial, a Onestat.com revelou que 11,49 % dos internautas usam o Firefox, 85,85 % entre eles navegam com o Internet Explorer, contra 1,61 % com o Apple Safari e 0,69 % com Opéra. Uma brecha se desenvolve na dominação do Explorer, a segunda batalha do navegador é lançada, afirma o jornal.

A Microsoft se impõe com o IE7

Foram necessários dois anos até que a empresa de Redmond elaborasse uma nova versão de seu navegador, suscetível a frear a fuga dos usuários. A versão 7 se inspirou muito nas inovações desenvolvidas pelo Mozilla. O Explorer finalmente adotou um sistema de navegação por abas, um leitor de fluxo RSS, e um novo sistema de gestão de seu histórico e de favoritos.

"É muito bom ver que o Internet Explorer adota as funcionalidades que a gente contribuiu a popularizar", declarou Christopher Beard, vice-presidente de produtos da Mozilla no lançamento do IE7.

"Seria desonesto não reconhecer que nós estávamos com um certo atraso", afirmou ao jornal "Le Monde" Nicolas Mirail, chefe de produtos da Microsoft na França. as inovações do Firefox são agora presentes no IE7.

"Mas nós realmente reforçamos a segurança, sabendo que os internautas são sensíveis a essa questão. Controle de pop-up, sistema anti-phishing, e reduzimos consideravelmente a exposição aos ataques em nosso navegador." Da mesma forma, a Microsoft inovou com um sistema de alertas sob a forma de códigos de cores que indicam ao internauta a confiabilidade de um site.

Para Tristan Nitot, diretor do Mozilla na Europa o discurso pró-segurança da Microsoft não passa de uma pedra no sapato. Segundo ele, o Explorer é o navegador mais atacado o que não o torna confiável. Em sua versão 2, oficialmente lançada em 24 de outubro, o Firefox melhorou sua gestão de abas com um botão de fechamento e com a possibilidade de minimização. O navegador adotou da mesma forma um corretor ortográfico e proteção anti-phishing. A integração dos assuntos na barra de busca agora é mais simples. Em relação aos marcadores de página, será preciso esperar a versão 3, afirma a reportagem.

Fonte: Folha OnLine

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